terça-feira, 26 de outubro de 2010

CFC: Novas Resoluções

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou as seguintes resoluções:


a) Resolução CFC nº 1.292/2010, que aprova NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC n.º 1.110/2007 , que dispõe sobre o mesmo assunto;


b) Resolução CFC nº 1.295/2010, que aprova a NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando serão revogadas as Resoluções CFC nºs 1.120/2008 e 1.164/2009, e o art. 1º da Resolução CFC nº 1.273/2010 , que dispõem sobre o mesmo assunto;


c) Resolução CFC nº 1.296/2010, que aprova a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC n.º 1.125/2008, e o art. 2º da Resolução CFC nº 1.273/2010 , que dispõem sobre o mesmo assunto;


d) Resolução CFC nº 1.297/2010, que aprova a NBC T 17 - Divulgação sobre Partes Relacionadas, e será aplicável aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC nºs 1.145/2008, que dispõe sobre o mesmo assunto.


Fonte
: IOB, via Blogabilidade – Dica César Tibúrcio

Contabilidade Pública: novidades à vista

Fazenda quer introduzir o conceito de custo no orçamento público

Luciana Otoni, de Brasília
Valor Econômico - 28/06/2010

O Ministério da Fazenda quer modificar o modelo de análise da despesa pública. A meta é agregar a variável custo na contabilidade do orçamento e levar os analistas a avaliar o gasto da perspectiva dos resultados na gestão federal. Para isso, e também para estabelecer parâmetros de eficiência, o governo prepara o lançamento do Sistema de Custos do Governo Federal (Sic-Gov), uma plataforma de dados do orçamento que agregará informações de medidas monetárias e quantitativas.

Esse sistema terá um padrão de acumulação de custos para todas as áreas (saúde, educação, segurança, ambiente etc) e um padrão específico para investimentos. Por esse sistema, a análise do gasto federal, hoje feita a partir da contratação, liquidação e pagamento de verbas, levará em conta o estoque e não só o fluxo dos recursos.
Idealizador e formulador do Sic-Gov, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Machado, explica que a plataforma de dados foi montada a partir de determinações legais. Mas considerou, também, a necessidade, do ponto de vista oficial, de evitar que a avaliação de desempenho do setor público se restrinja à crítica sobre o aumento de gasto. "Existe uma dificuldade conceitual de explicar a despesa para a sociedade e para analistas", diz. "Quando alguém quiser saber quanto custa determinado serviço público, pelo amor de Deus, não vá olhar a despesa, porque senão entrará em um pântano. Daremos uma outra informação, que é o custo", acrescenta.
O ministro reitera que o Sic-Gov não modificará as etapas do Orçamento. As despesas continuarão sendo contratadas, liquidadas e pagas. A diferença é que haverá um sistema de custos, com informações conjuntas sobre o valor da despesa e das quantidades dos bens e serviços adquiridos.
Nessas condições, a análise de vários aspectos do Orçamento tende a mudar. Um exemplo são os restos a pagar, usualmente considerados da perspectiva do empenho, liquidação e contratação. Nos investimentos, os dados mais recentes mostram que dos R$ 12 bilhões pagos entre janeiro e abril, R$ 10 bilhões referem-se a restos a pagar de 2009. A não utilização integral de recursos para investimento do orçamento nos exercícios anuais fará com que o próximo presidente herde um montante recorde de restos a pagar. Com o Sic-Gov, essa avaliação passará a considerar o estoque. "Despesa, portanto, não significa nada do ponto de vista de se comparar efetivamente a gestão e o impacto na realidade", afirma Machado.
Ao montar o Sic-Gov, o Ministério da Fazenda decidiu que a base conceitual será a despesa liquidada. A partir disso, será feito um ajuste por meio de lançamentos contábeis. Para apurar o custo, o Ministério da Fazenda pegará a despesa liquidada ao fim do ano, excluirá os valores de despesas liquidadas em exercícios anteriores e que foram para o estoque. Por outro lado, se no exercício corrente forem usados bens ou serviços comprados em exercícios anteriores e que estavam em estoque, isso será somado ao custo.
Nesse sistema, haverá um padrão, baseado em processos ou período, para os projetos em geral. Já os custos dos investimentos serão acumulados por ordem de execução. O Sic-Gov fará o cruzamento de dados monetários do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e de unidades quantitativas do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (Sigplan) e do Sistema Integrado de administração de Recursos Humanos (Siape).

Próximo governo poderá saber valor de reservas

O Ministério da Fazenda pretende deixar prontas para o próximo governo as diretrizes para precificação das reservas de petróleo do pré-sal, da Amazônia, dos recursos hídricos e das reservas minerais do subsolo. A meta é fazer o balanço patrimonial desses ativos tal como é feito com a dívida pública.
Os critérios estão sendo formulados e a execução mobilizará as agências regulatórias, que ficarão responsáveis por estabelecer os valores. A formulação dessas diretrizes vem sendo feita pelo ministério simultaneamente ao processo em curso de adaptação da contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, responsável pela condução desse tema no governo, argumenta que a precificação desses bens é uma consequência da estabilidade, e no passado a inflação impediu que isso fosse feito. "A mensuração dos ativos era com método de borracha. Não havia como medir."
Ao trabalhar pela inclusão dos ativos nas contas públicas assim como a dívida pública é registrada, Machado defende que a definição de valor para as riquezas e recursos naturais contribuem para a análise da solvência do país. "Estou há 30 anos no setor público e ninguém nunca me perguntou sobre o patrimônio líquido da entidade que dirijo. Mas as pessoas perguntam: Deu déficit ou superávit? Aumentou a receita? Caiu a despesa? Gastou no quê? Toda a cultura acabou sendo cingida a discutir a questão orçamentária e o fluxo de recursos", analisa.
"O setor público é complexo. Nem por isso precisa continuar a oferecer uma informação restrita às analises de elevador que se faz sobre o orçamento público: a receita subiu 4% e desceu no ano seguinte...
Só se faz isso. É preciso ampliar essa análise", defende. A precificação dos ativos insere-se no esforço de planejamento do longo prazo. O objetivo é delegar às diferentes agências públicas o cálculo dos recursos naturais. Nesse escopo entram as reservas de petróleo, o Aquífero Guarani, as florestas, as terras da União e os recursos minerais.
"Esse é um processo longo, que tem que ser iniciado e usaremos os padrões clássicos: fazer o dimensionamento do bem físico (se falamos de jazida temos que dimensioná-la)", informa o ministro. "A contabilidade internacional dirá quais são os critérios desse registro. É importante avançarmos nessa linha porque a contabilidade tem o objetivo de reportar o patrimônio. Se deixo a maior parte de fora, não consigo planejar e nem informar a sociedade quanto está sendo usado desse patrimônio", conclui. (LO)

Fonte: Valor Econômico, via FENACON

PLANO DE CONTAS DO SETOR PÚBLICO

PCASP representa modernização para a contabilidade pública
Por Tiago Vieira
Portal da Classe Contábil

O principal objetivo do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), é uniformizar as práticas contábeis públicas. Consolidado em 2010 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), é considerado um avanço da contabilidade pública e promete benefícios para toda a classe contábil e para a sociedade.

A padronização de um plano de contas tem sido considerado o principal benefício do PCASP. Segundo o coordenador geral de normas de contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Paulo Henrique Feijó: “Com um plano de contas padronizado, o trabalho dos contadores será facilitado, pois o nível de disseminação da informação e assimilação das mudanças será maior e os contadores poderão falar a mesma linguagem”.

O processo de padronização auxila na comparabilidade. Se todos os estados fizerem contabilidade do mesmo jeito, será possível comparar a situação entre eles. Por outro lado, a padronização da contabilidade é uma Tendência mundial. Assim, uma empresa multinacional não precisará adaptar seus balanços, deixando o processo contábil mais simplificado.

O contador e administrador Wellington Silva, trabalha há mais de 10 anos com contabilidade pública. Para ele, o principal benefício e também um grande desafio do PCASP é a atualização dos profissionais: “É preciso estudar. Muitos contadores precisarão abrir os livros, fazer pesquisa e até mesmo voltar as faculdades para tentar absorver e se atualizar dos novos conceitos que serão aplicados a contabilidade pública”.

Esses novos conceitos precisam ser interpretados pelo contador e refletidos no lançamento contábil. O plano de contas vai auxiliar o profissional a assimilar esses conceitos e colocá-los em prática. Para Paulo Henrique Feijó, “o grande diferencial do plano de contas é ser um instrumento que vai transformar em prática a teoria que vem sendo discutida”, afirma o contador.

A Sociedade será de fato a maior beneficiada com o processo de padronização das contas públicas. A transparência contábil promovida pela padronização será um instrumento contra a corrupção. O sócio-diretor da ASPEC, empresa desenvolvedora de softwares na área de gestão pública, Luciano Peixoto, acredita nisso. “Quando a União, os estados e municípios fizerem contabilidade do mesmo jeito, será possível comparação desses lançamentos contábeis. Consequentemente, haverá mais transparência no uso do dinheiro público”, diz Luciano.

O PCASP é um dos principais marcos da contabilidade pública, pois muda a organização das informações contábeis. É uma mudança que aproxima a contabilidade pública da contabilidade comercial trazendo um novo modo de fazer contabilidade.

Mais sobre o PCASP:

O Tesouro Nacional promoveu mais uma Ação do seu Planejamento Estratégico no sentido de padronizar os procedimentos contábeis entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios), visando a consolidação das contas públicas e a sua convergência metodológica e conceitual às Normas Internacionais e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme estabelecem a Portaria MF 184/2008 e o Decreto 6.976/2009. Esta iniciativa apoiará o processo de construção dos Planos de Contas por parte dos Estados, Distrito Federal e Municípios.”

O PCASP será obrigatório em 2012 para a União, Estados e Distrito Federal e 2013 para os municípios.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

EXAME DE SUFICIÊNCIA

O Conselho Federal de Contabilidade baixou a Resolução CFC nº 1.301, de 17.09.2010 (DOU 1 de 28.09.2010), regulamentando o Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC), tendo em vista que profissionais de contabilidade somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do respectivo curso, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos.

O Exame será aplicado 2 (duas) vezes ao ano, em todo o território nacional, sendo uma edição a cada semestre.

O Exame de Suficiência será composto de uma prova para os Técnicos em Contabilidade e uma para os Bacharéis em Ciências Contábeis, obedecidas às seguintes condições e áreas de conhecimentos.

Bacharel em Ciências Contábeis

Técnico em Contabilidade

Auditoria Contábil

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Contabilidade Aplicada ao Setor Público

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Contabilidade de Custos

Contabilidade de Custos

Contabilidade Geral

Contabilidade Geral

Contabilidade Gerencial

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Controladoria

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Estatística

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Legislação e Ética Profissional

Legislação e Ética Profissional

Língua Portuguesa

Língua Portuguesa

Matemática Financeira

Matemática Financeira

Noções de Direito

Noções de Direito

Perícia Contábil

-

Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade

Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade;

Teoria da Contabilidade

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Microsoft lança atualização para o hotmail

Microsoft contra-ataca Gmail com melhorias no Hotmail


Atrás de mais espaço no mercado, o Hotmail foi redesenhado para oferecer maior integração ao Office e aos smartphones.

A Microsoft está contra-atacando o Google com melhorias no Windows Live Hotmail como o novo recurso de edição para documentos do Office e mais de 20 outros recursos para uso pessoal e corporativo.

A atualização do Hotmail será anunciada nesta terça-feira (18/5), poucos dias antes do lançamento oficial do Microsoft Office 2010.

“Quando você receber um documento do Office como anexo no Hotmail – Word, Excel ou PowerPoint – poderá abrir e visualizar esse anexo, online, em qualquer navegador popular, em um PC ou Mac, mesmo não tendo o Office instalado”, afirmou a Microsoft. “Os resultados da integração entre o Hotmail, SkyDrive e o Office Web Apps permitem enviar, receber e trabalhar em documentos com outros usuários.”

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O Google, é claro, oferece edição online de documentos por meio da integração entre o Gmail e o Google Docs, além do recurso de importar documentos do Office para o pacote online da companhia.

A Microsoft está adicionando cada vez mais recursos a sua linha de ferramentas de produtividade baseadas na web enquanto oferece uma integração com as instalações tradicionais já existentes do Microsoft Office.

Fonte: uol

TSE mantém Jader Barbalho inelegível por ficha suja

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou em plenário, nesta quarta-feira (29), recursos em que o ex-governador do Pará, Jader Barbalho (PMDB), buscava reverter decisão anterior do próprio colegiado, que havia barrado sua candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.

A inclusão de Barbalho, candidato ao Senado federal em outubro, nas regras de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa se justifica porque o então parlamentar renunciou ao mandato que tinha como senador em 2001 para evitar a continuidade de um processo de cassação.

Ele era suspeito do desvio de dinheiro da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para custear um criadouro de rãs. A entidade teria repassado R$ 9,6 milhões para arcar com as despesas do ranário, registrado em nome da mulher, Márcia Zahluth. O então senador renunciou à presidência do Senado e a seu mandato para paralisar um processo de cassação.

O relator do caso, ministro Arnaldo Versiani, ao comentar o caso de Barbalho na sessão plenária desta quarta, explicou que a alínea k da Lei da Ficha Limpa, que tem como teor a inelegibilidade por conta de renúncias para evitar cassações, tem base no princípio da "probidade administrativa e moralidade pública".

Voto vencido, o ministro Marco Aurélio afirmou que a mera renúncia a um cargo eletivo não poderia significar que o político tivesse de ser classificado como ímprobo. "Quem renuncia a um mandato não incide em improbidade administrativa. Exerce um direito", disse, contudo, sem conseguir demover os demais ministros.

Fonte: Terra

Banco Central divulga relatório de inflação nesta quinta-feira

Brasília – O Banco Central (BC) divulgará nesta quinta-feira, dia 30 de setembro, às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação do terceiro trimestre de 2010. O relatório estará disponível na página do BC na internet no endereço http://www.bcb.gov.br/. Às 11 horas, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, concederá entrevista coletiva, que será transmitida ao vivo por meio do sítio do Banco Central na Internet. O link com acesso à transmissão estará disponível a partir das 10h30.

O ingresso no local da entrevista – Sala de entrevistas do edifício-sede em Brasília - será permitido somente aos jornalistas já credenciados no BC. Os jornalistas não credenciados deverão enviar nome, número, data e local de emissão da Carteira de Identidade e nome do veículo de comunicação para o e-mail imprensa@bcb.gov.br até as 19h desta quarta-feira, dia 29 de setembro.

Evento: Entrevista coletiva sobre o Relatório Trimestral de Inflação
Local: Sala de entrevistas, no 2º subsolo do edifício-sede do Banco Central do Brasil
Data e horário: 30/09/10, às 11h

Fonte: Banco Central do Brasil

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fatia de controle do governo na Petrobras sobe para 64%

O governo federal elevou para 64% sua fatia no capital ordinário da Petrobras após a megaoferta da estatal, segundo comunicado enviado à Securities and Exchange Comission (a CVM dos Estados Unidos). As ações ordinárias são as que dão direito a voto e, assim, garantem o controle da companhia. Segundo a Petrobras, até então a fatia do governo era de 56%.

A participação corresponde ao total de ações detido pelo próprio governo, pelo BNDES Participações e pelo Fundo Sobernano, segundo a empresa. Juntas, as três entidades adquiriram, na megaoferta, 1.810.505.485 ações ordinárias e 994.917.669 preferenciais da petrolífera.

A Petrobras também confirmou informação dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira, de que a participação total do governo na estatal (que inclui ações preferenciais e ordinárias) passou de 40% para 48%.

Fonte: G1

Contabilidade pública também seguirá padrão global

Menos de um mês das eleições de 2010, os novos gestores precisam saber que as receitas e despesas serão contabilizadas pelo regime de competência, e não mais de caixa, como é feito atualmente.

Com o advento das Normas Internacionais de Contabilidade, os candidatos eleitos terão de adotar postura semelhante à do meio empresarial com o denominado IRFS (International Financial Reporting Standard". "O novo padrão de Contabilidade Pública, também conhecido por IPSAS [International Public Sector Accounting Standards Board], dará maior visibilidade à situação patrimonial da União, Estados e municípios, afinal o que é registrado por um valor reduzido, passará a ser contabilizado por um valor mais próximo da realidade. Além disso, os compromissos públicos terão que ser calculados e registrados no novo modelo de balanço, fato que poderá revelar qualquer indício de desmando do dinheiro público", argumenta o presidente do CRC SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo), Domingos Orestes Chiomento.

Chiomento explica ainda que a Contabilidade Pública registra previsão de receitas e a fixação de despesas, estabelecidas no Orçamento Público aprovado para cada exercício, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores e as obrigações. Além disso, mostra o valor do patrimônio e revela as variações patrimoniais. "esse assunto, é de grande importância para a sociedade, pois é por meio da Contabilidade Pública que iremos interpretar informações acerca da evolução e da situação orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal, dos estados e dos municípios".

A adoção das Normas Internacionais de Contabilidade será obrigatória, em 2012, para a União e Estados, e para os municípios, em 2013, porém é permitido legalmente que os Estados antecipem o processo, a partir deste ano. "O objeto de qualquer Contabilidade é o patrimônio. Contudo, a Contabilidade Pública não está interessada apenas no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução, que é a previsão e arreacadação da receita, a fixação e a execução da despesa. O demonstrativo financeiro do setor público vai ficar muito pareceido com aquele que é publicado pelas empresas nos jornais, com balanço patrimonial e demonstrações de resultado do exercício e de mutação do patrimônio líquido. As receitas e despesas, obrigatoriamente, serão lançadas pelo regime de competência, e não mais de um caixa, como é feito atualemente", ressalta Chiomento.

Para o presidente do CRCSP, pelo atual modelo de caixa, o patrimônio governamental fica oculto. "Com o advento das Normas Internacionais de Contabilidade para o setor público, esse cenário vai mudar", garante Chiomento, pontuando que os ativos como edifícios, equipamentos, máquinas, terrenos, móveis e imóveis e os bens de uso público como praças, parques, rodovias, rios tenham seu valor calculado e registrado no balanço governamental. "O valor desses bens representa obter um registro confiável do patrimônio e para a tomada de decisões no que diz respeito às políticas públicas. Além disso, obteremos uma visão mais real e abrangente dos custos no setor público", finaliza.

Fonte: TV Contábil / http://analisedebalanco.blogspot.com.

Publicação de Balanços: Grandes Empresas

Projeto obriga grandes Empresas a publicar balanços

Agência Câmara

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7553/10, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que obriga as empresas de grande porte, com ou sem ações na Bolsa, a publicar suas demonstrações financeiras em jornais de grande circulação ou na internet.

A proposta muda a Lei 11.638/07, que, por sua vez, alterou a Lei das S.As. e estendeu às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

Carlos Bezerra destaca que a Lei 11.638 gerou dúvidas acerca da aplicação da regra que obriga a publicação das demonstrações financeiras. Segundo ele, o projeto garante segurança jurídica ao estabelecer essa obrigatoriedade de modo explícito.

Considera-se de grande porte, para efeito da lei, a sociedade ou o conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões.

Globalização

De acordo com o parlamentar, a integração do mercado brasileiro ao contexto econômico mundial, fruto da evolução da renda nacional e da eficiência das empresas, tem exigido a adoção de mecanismos que aproximem as práticas da economia brasileira daquelas utilizadas globalmente.

Um aspecto fundamental, explica, relaciona-se com a necessidade de adoção de princípios contábeis uniformes. Ele afirmou que a Lei 11.638/07 já avançou nesse sentido, mas não é o bastante.

Tramitação

O projeto será analisado, de forma conclusiva [1] pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


[1] Forma conclusiva: Rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário.

Fonte: http://analisedebalanco.blogspot.com